sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Pancreatite Aguda - sintomas e tratamento


A Pancreatite Aguda (P.A.) é um processo inflamatório pancreático, de aparecimento súbito(agudo)e etiologia variada, geralmente acompanhada de importante comprometimento sistêmico. Cessada a causa desencadeante a enfermidade poderá evoluir para a regeneração do órgão, com recuperação clínica, anatômica e fisiológica ou marchar para seqüelas decorrentes da cicatrização do parênquima(pancreatite crônica-PC) ou ainda, o êxito letal. Em 1963 o simpósio de Marselha classificou as pancreatites em: aguda; aguda recidivante; crônica e crônica recidivante. No final da década de 80, em Atlanta, este conceito foi revisto, sendo desclassificada a forma crônica recidivante. Considerando a evolução anatomofisiopatológica das pancreatites, segundo esta ultima classificação, preferimos substituir o termo recidivante por recorrente. Na pratica clínico-cirúrgica e achados necroscópicos, observamos que surtos recorrentes de PA podem acometer os portadores de pancreatite crônica ou mesmo, reinstalarem- se no transcurso de uma já estabelecida PA. Por outro lado devemos saber distinguir a dor da PA e a decorrente da PC. Nesta última, a dor resulta do comprometimento da inervação simpática e obstrução canicular(litiase pancreática). Na verdade a pancreatite é melhor classificada em aguda ou crônica considerando-se critérios clínicos ou anatomopatológicos, respectivamente..

domingo, 25 de julho de 2010

Teste com saliva detecta com rapidez certos tipos de cancro

Uma universidade japonesa e outra americana desenvolveram uma técnica que detecta com rapidez certos tipos de cancro (tumor de câncer) realizando um teste de saliva, informaram hoje os pesquisadores.

Esta tecnologia, desenvolvida pela Universidade japonesa de Keio e a Universidade da Califórnia permite detectar altas probabilidades de cancro de pâncreas, da mama ou da boca.

Os pesquisadores analisaram amostras de saliva de 215 pessoas diferentes, entre as quais tinha pacientes com cancro, e identificaram 54 substâncias cuja presença permite detectar a doenca.

Depois de proceder a outros exames, conseguiu-se detectar 99 por cento dos casos de cancro de pâncreas existentes, 95 por cento dos da mama e 80 por cento dos da boca, acrescentou.

A realização deste teste levaria, no máximo, meio dia, segundo os pesquisadores.

Esta nova tecnologia é capaz de detectar até 500 substâncias diferentes presentes na saliva ao mesmo tempo, afirmou o professor Tomoyoshi Soga, da Keio University.

O pesquisador enfatizou que esta nova tecnologia permitirá detectar com muito mais facilidade o cancro de pâncreas e da boca.

"As taxas de sobrevivência do cancro de pâncreas e da boca são particularmente baixa porque os sintomas não são claros na fase inicial, e por isso se demora mais em descobrir a enfermidade", indicou o comunicado.

"A saliva é mais fácil de examinar que o sangue ou as matérias fecais", indicou o chefe da equipa de pesquisas de Keio, Masaru Tomita, segundo o comunicado.

"Gostaríamos de usar essa tecnologia para tentar detectar outras enfermidades também", acrescentou.

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Aumenta a incidência do câncer que atingiu Hebe Camargo

Desde que a apresentadora de televisão Hebe Camargo foi diagnosticada com um câncer no peritônio, muito tem se falado sobre o assunto, até então pouco conhecido pela população. O oncologista Fernando Medina da Cunha, diretor Científico do Centro de Oncologia Campinas, explica que o peritônio, membrana que envolve os órgãos abdominais, infelizmente, está propenso a desenvolver o câncer. Prova disso, é a crescente incidência da doença, principalmente na população masculina com idade acima de 50 anos.

O temido e raro câncer de peritônio é classificado em primário e secundário. Chama-se primário o câncer que se forma na própria membrana e secundário quando ele inicia em algum órgão da região – sobretudo intestinos, ovário, útero, estômago, pâncreas e reto – e, por metástase, invade o peritônio. O câncer primário de peritônio é conhecido como mesotelioma, enquanto o que vem de outros órgãos é conhecido como carcinomatose peritonial.

De acordo com o oncologista, cerca de 70% a 80% dos pacientes diagnosticados com câncer primário no peritônio tiveram exposição ao asbesto presente no amianto, que na década de 70 era usado na fabricação de telhas e caixas d’água. “A exposição ao produto não leva ao câncer rapidamente, apenas décadas depois. Assim, quem se expôs ao produto entre os anos de 1950 e 1980, por exemplo, quando era liberado no país, só agora vê a manifestação da doença. Por isso, o aumento da incidência da doença no país”, explica o Fernando Medina.

Os outros 20% a 30% da incidência da doença ainda têm causa desconhecida. Medina afirma que pode ser resultado do próprio envelhecimento humano. “Sabe-se que quanto mais uma pessoa envelhece, mas fica exposta a erros na divisão celular, que marca o início do câncer”, afirma Medina.
Os sintomas da doença, segundo o especialista, podem incluir dor abdominal, massa abdominal, aumento da circunferência abdominal, distensão do abdômen, ascite (fluído no abdômen), febre, perda de peso, fadiga, anemia e distúrbios digestivos.

“O tratamento padrão associa a retirada cirúrgica do maior volume possível de tumores e sessões de quimioterapia, assim como está sendo feito com a apresentadora. Porém, por ser uma cirurgia muito extensa, nem sempre é possível fazê-la em um primeiro momento”, pondera. Excesso de líquidos na cavidade abdominal e a extensão dos tumores podem impedir a cirurgia, que pode ser precedida pela quimioterapia.

O tumor primário de peritônio é considerado uma doença grave. Como ocorre, sobretudo, em idosos, que muitas vezes já têm outras doenças, em geral não é possível submetê-los a cirurgia. Por volta de 60% dos casos, contudo, respondem bem à quimioterapia. “Esse câncer ainda não tem cura. Mas, dependendo de sua agressividade, ou seja, velocidade de seu crescimento, é possível controlá-lo, proporcionando aos pacientes bom tempo de sobrevida”, finaliza Fernando Medina.